Para celebrar o Setembro Verde, uma campanha nacional, foi instituída, para conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos. Nesse sentido, o Hospital Amparo de Maria, (HAM), através do Núcleo de Educação Permanente (NEP), recebeu na última terça-feira, 20, o médico obstetra Carlos Santiago que proferiu uma palestra com o tema “Doação de órgãos e transplantes: uma visão humanista e espiritual”, realizada no auditório do hospital para os colaboradores da unidade.
A enfermeira e gerente do Núcleo de Educação Permanente do HAM, Cristina Ferraz, abriu o evento falando sobre o objetivo da campanha que valoriza esse gesto de amor que salva vidas. Em seguida, o médico Carlos Santiago falou sobre o tema.
Espera - Ele observou que existe uma lista de espera de 37.818 pessoas que precisam de doações. “A importância da doação de órgãos está no fato das pessoas se doarem de forma desapegada, o que já demonstra uma mudança na vida do individuo. Essa pessoa, que doa, se modifica e muda a concepção de toda uma família. Essa é uma oportunidade de evoluir em sentimentos e em especial de praticar um ato de amor, de bondade e, ao mesmo tempo, é um ato de gratidão de quem recebe dos familiares que passam pelo desespero de ver seu entre-querido sofrendo sem perspectiva de sobreviver", ressaltou o médico.
Carlos atentou, ainda, que uma visão humanista é a visão em que o próximo enxerga o próximo, entendendo que nós todos temos responsabilidade com aquele que está do nosso lado. Que o sofrimento do outro também nos atinge. A necessidade de alguém, pode ser a nossa necessidade no futuro. É fundamental que entendamos que cada um de nós possui uma dificuldade, sendo fundamental levar esperança ao outro.
Como doar
Os principios para doações e transplante são voluntariedade, altruismo, generosidade e anonimato e equidade. Não exige limite de idade para doar órgãos. É importante que esses, estejam funcionando perfeitamente. O estado de saúde do doador é quem vai determinar se os órgãos poderão ser transplantados ou não.
De acordo com dados do Ministério da Saúde 27.688 transplantes de órgãos foram realizados no Brasil em 2019. Segundo a pasta, o procedimento consiste na reposição de um órgão (coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou tecido normal de um doador, que pode ser vivo (pessoa que concorde com a doação de um dos rins, parte do fígado, da medula óssea ou do pulmão, e que não tenha sua saúde prejudicada) ou falecido (diagnosticado com morte encefálica irreversível).